666 palavras sobre séance

1. O desejo de materialização do imaterial vai da academia à polícia em Séance, filme televisivo. Um casal formado por um captador de som e uma médium sensitiva (Kōji Yakusho e Jun Fubuki), dois personagens ocupados com a recepção do invisível, se aventuram na tentativa de comprovar um acaso sobrenatural, mesmo que isso signifique falsear todas as suas premissas para comprovar uma tese. Cat People, um pastiche. Em 42 já ensinaram a lição, desloca-se o medo do desconhecido para o escuro total e produz-se o efeito da apreensão constante, do questionamento permanente do que não está diretamente iluminado. Mas não é só isso, as aparições diurnas de Séance, iluminadas e visíveis (a mulher flutuante da cafeteria, a criancinha suja de lama) não localizam o assombro na dúvida da escuridão, são horrores materiais do anômalo, inserções na realidade sem qualquer premissa lógica. Já é repetitivo associar essa filmografia aos aprendizados artesanais da era dos estúdios, são casos ...